quarta-feira, 18 de agosto de 2010

anseio pelo que me é negado.

ânsia de sorver beijos
de cálidos sorrisos...
o coração apertado no peito,
ser rumo e sem ação.
o desejo queimando a alma,
tornando irrequieta a mente,
e inconseqüente a carne...
quanto mais me é negado,
mais o quero...
...
desperto sobressaltada
com o sonho
que me assaltou na madrugada...
sonhei possuir seus róseos lábios,
sentir o calor de sua carne alva...
sonhei tê-lo junto a mim,
insânia e luxúria ditando nossos atos...
sonhei êxtases compartilhados,
paraísos inimagináveis...
e acordei
com medo
que pudesses descobrir como te abrigo em meus sonhos...
[como em minh'alma...]



2 comentários:

  1. O mais interessante na poesia é que o desejo se mostra crescente, você escreveu em uma espécie de progressão. A princípio dá uma ligeira e gostasa aflição pelo conhecimento do desejo e desconhecimento de suas razões - se é um simples desejo ou se tem um alvo específico -, a partir da segunda estrofe o desejo é explicado como desejo por alguém que passa a tomar forma; mas isso não aquieta por completo a aflição - talvez a aumente, porque agora surge a vontade e a necessidade de ver o eu-lírico satisfeito com os "róseos lábios" do objeto desejado.

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  2. texto transformado... pq em bases seria o outro, mas diferente e poetisado o.o continuo gostando!

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