quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

vazio

é mais fácil culpar os outros
do que ver seus próprios erros;
é mais fácil calar os gritos
de um moribundo em desespero
pois a dor que ele sente
não vai curar a sua, de qualquer forma
e como só se busca consolo
(somos egoístas quando feridos),
quando a dor o abraça,
você fecha seus olhos para o mundo.

as trevas são frias,
a solidão é ainda mais
mas por que
continuamos insistindo nos mesmos erros,
fugindo uns dos outros
apenas para ferirmo-nos mais?

eu, por alguns instantes
quase acreditei
que a beleza do que tivemos
poderia ressuscitar;
mas percebo
em todo o rancor que foi cuspido
que já é tarde demais...

na verdade, talvez tenha sempre sido
(too late, too late for your dreams, little boy!)
mas nós batalhamos
nos sujamos nos detritos
de um mundo insensível...
e sangramos, sangramos, sangramos...
despejamos o sagrado sangue dos inocentes, dos tolos...
...tudo em busca de um sonho que se desfaz como fumaça ao vento...

para que insistir em causas perdidas?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

anseio pelo que me é negado.

ânsia de sorver beijos
de cálidos sorrisos...
o coração apertado no peito,
ser rumo e sem ação.
o desejo queimando a alma,
tornando irrequieta a mente,
e inconseqüente a carne...
quanto mais me é negado,
mais o quero...
...
desperto sobressaltada
com o sonho
que me assaltou na madrugada...
sonhei possuir seus róseos lábios,
sentir o calor de sua carne alva...
sonhei tê-lo junto a mim,
insânia e luxúria ditando nossos atos...
sonhei êxtases compartilhados,
paraísos inimagináveis...
e acordei
com medo
que pudesses descobrir como te abrigo em meus sonhos...
[como em minh'alma...]



segunda-feira, 31 de maio de 2010

a pele nívea

suave como veludo

o chicote canta uma ode à tal maravilha

criando arte a partir da carne tenra