segunda-feira, 13 de julho de 2009

palavras para alguém que nem sabe o quanto é importante...

em sonhos,
relembro risadas,
recordo do cheiro,
do gosto,
de tudo aquilo
que está longe demais para mim...
...
inalcançável...
distante, tão almejado, e nem imagina...
meus sorrisos brotam
espontâneos como flores
à simples menção de seu nome...
e o desespero rondando-me,
o pavor de novo sentimento (não-correspondido),
a insânia de uma afeição tão repentina...
...
preciso fugir de tudo isso...
mas quem disse que consigo?

quinta-feira, 2 de julho de 2009

sobre noites frias e colchões vazios

de olhos fechados.
tocar aquela carne quente, alva e tenra com meus dedos gelados...
o colchão, que até a noite anterior parecia imenso, diminui de tamanho a ponto de eu quase não caber, mas é bom sentir-me pequena perto dele.
seu corpo, como um violino bem afinado, reage a cada toque, com suspiros e gemidos que tirariam qualquer um do sério...
posso ainda sentir seu cheiro, seu calor, seu gosto... mas eles não estão mais aqui...
a noite parece tão mais fria do que antes dessas memórias, o quarto parece tão mais vazio...
ele não vai voltar, e essa certeza que me dá liberdade para fantasiar sobre cada aspecto seu...
ele só é tão perfeito por não estar aqui, por ter deixado um lugar vago na cama que não mais será ocupado como foi por ele.
as memórias são mais doces e vívidas quando os momentos que retratam foram curtos o suficiente para deixar a vontade, e não a decepção.